Hoje em dia nos perguntamos diariamente o que está acontecendo com a forma de nascimento dos bebês. E do quanto as mulheres estão sendo invadidas e desrespeitadas num dos momentos mais marcantes da vida delas. Sei que muitas mulheres quando descobrem que estão grávidas logo marcam a cesárea, ou até mesmo, o marido aconselha ela a fazer este procedimento para que ela não sofra. E o mais chocante é que os médicos aconselham de imediato a cesárea porque o tempo deles é curto, precisam viajar no feriado e podem ganhar mais dinheiro. Chocante?sim, mas infelizmente na maioria dos casos é assim mesmo.E olha que se você observar bem esta escolha é bem diferente de uma cesárea necessária que se torna super importante para salvar vidas. Estamos abordando o que não é natural. Temos também o caso das mulheres que se preparam a gestação inteira para um parto normal e no momento precisam passar por uma intervenção cirúrgica. Voltamos ao objetivo deste texto que é refletir sobre como escolher a forma de parir, fugindo da pressão desumana. Primeiro e essencial, começa no empoderamento da mulher. Quanto mais a mulher estiver presente e consciente do seu próprio corpo e instintos, mais ela vai poder sentir e decidir o que será capaz naquele momento.
Yoga, meditação, terapia, encontros de grupo podem ajudar! Segundo, a informação e o conhecimento adquiridos através de livros. Na internet temos um vasto material riquíssimo sobre o parto humanizado e os depoimentos de mulheres que conseguiram vivenciar algo mais saudável, mesmo na cesárea. Participar de rodas de gestantes, além claro de trabalho corporais como yoga, terapia e psicologia corporal. Ou seja, resulta no auto -conhecimento. Terceiro, escutar seu corpo e conversar com o companheiro. O Homem conectado vai saber respeitar a escolha desta mulher conectada consigo e com o bebê. Quarto, o momento da chegada. Depois de 9 meses(dependendo de cada situação e alma) a mamãe estabeleceu uma relação íntima com seu bebê e a hora do nascimento vai ser naturalmente decidida, seguindo as contrações, aguardando o tempo de trabalho de parto. Ou seja, aguardando a hora que o bebê está preparado para vir ao mundo. Neste momento, se a mulher estiver pronta para seguir com o trabalho de parto sem intervenções ela seguirá até a hora do nascimento. Mesmo que o momento necessite de uma cesárea, que este momento seja o mais humanizado possível e a escolha da equipe médica se torna essencial. O que contribui muito para acalmar esta mãe em caso da cesárea é a presença de uma pessoa que passe segurança para ela. Pode ser a parteira que acompanhou todo o processo da gestação, a doula, ou o marido ou familiar. Portanto, o que desejo aqui é o reencontro da mulher consigo mesma, o desenvolvimento de uma nova percepção. Optando por um parto normal(com anestesia), natural e ecológico(instinto puro) ou a cesárea, que tenhamos consciência de optar por um ambiente mais seguro, uma equipe médica mais humanizada possível, que vai tirar o bebê do ventre e levar direto ao colo da mãe. No caso da cesárea temos como manter hormônio do amor ativo se o bebê for guiado para a mãe e se ela poder cuidar, olhar, sentir seu cheiro. Podemos sim cuidar e receber este bebê com mais calor humano e reverenciar a mulher! E ai, vamos pensar sobre isso?vamos mudar a consciência juntos? Thaíse Titon “Antes de mudar o mundo, precisamos mudar a forma de nascer” Michel Odent