Estava no salão de beleza quando li uma matéria na revista Marie Claire! Achei ótima a forma como pontuaram a matéria,  pois abordaram a temática ao poder de escolha da parturiente e os diferentes casos de mulheres que tiveram filho, através da cesárea ou de parto normal. Falava sobre o poder de escolha que a mulher deve ter na hora parto, o absurdo que aconteceu com a Adelir e em um dos relatos foi de uma mãe que teve seu filho de parto normal, que foi praticante de yoga e que na hora passou por uma situação traumática, pois o bebê não desceu, parou no meio do caminho, ou seja, não tinha mais como fazer a cesárea e tiveram que usar fórceps, o filho nasceu com apgar 1, foi para a UTI. Ou seja, segundo o relato desta mãe, ela se arrependeu de ter sido tão obcecada pela parto normal.

E foi então que resolvi escrever este texto, pois quando fiz o curso com a Heloísa Lessa, era um assunto muito discutido e uma das coisas que depois que eu tive meu filho comecei a estudar e observar as mamães que haviam passado por cesárea. Que o caminho pelo parto humanizado estava ganhando um status tão ignorante quanto o da cesárea desnecessária.

E juro, quando escrevi o texto “Parto Ecológico, Parto Normal ou Cesárea?”  tive muito cuidado para saber expressar o ponto do porquê priorizar o parto natural, porém jamais passar por cima das condições favoráveis do momento do parto.
Às vezes, a mulher se preparara sim para parto normal e chega na hora tudo ocorre ao contrário, ou também a mulher deseja a cesárea e ponto, pois se sente mais segura assim e é isso que eu acredito. Sou super a favor do parto natural, porém sou muito mais a favor da livre escolha da mulher.

Já percebi o quanto estas manifestações sobre o parto humanizado, mostrando detalhadamente o que é a cesárea, pode baixar a auto estima de uma mulher que precisou da cesárea, que salvou a vida do seu filho, ou que para ela foi seu empoderamento.
Acho que é esse o cuidado que temos que ter quando falamos para uma mulher ou grávida que deve empoderar-se para ter um parto natural. Na verdade esta potência que ela precisa se conectar tem a ver com a sua escolha, com o respeito e a capacidade de exercer a maternidade com graça e plenitude.

O parto humanizado se estende para acolher o bebê e a mãe na hora da cesárea também, ao sair da barriga, o bebê vai direto ao colo da mãe, o olhar da mãe para o bebê vai ajudar ela a fazer circular a oscitocina natural do organismo, o que vai ajudar na produção do leite.  E ai contamos com o acompanhamento psicoterápicoou um acompanhamento e um trabalho corporal alternativo durante a gestação e também uma equipe com parteira ou doula!

O que queremos não é abolir a Cesárea, oque queremos é abolir a violência obstétrica!

Por isso, o Caminho do meio, é sempre o melhor amigo, a amizade mais saudável e prudente.
A potência feminina, a capacidade de parir, existe Sim! tenho refletido sobre as mulheres que tem gêmeos e que só sobrevivem se nascerem com cesárea e quando a mãe fica dias na ÚTI cuidando dos seus filhos. Meu Deus é tão sagrado É tanta força que brota de seus corações e do seu corpo!
Acredito que senão todas, a maioria das mulheres que apoiam o parto ecológico, com certeza já passaram pelo momento de “obsessão”acho que foi preciso para quebrarmos um padrão social, as manifestações foram e são de extrema importância para acordar e despertar para esta consciência, porém, com o tempo, a vida vai nos mostrando que cada ser independente das suas escolhas tem direito de experienciar a sua maneira e precisam se respeitados.

E quando uma mulher que acredita fielmente ao parto natural, julga a mulher que escolheu a cesárea ou até mesmo a que precisou, perde-se do seu poder feminino, pois empoderamento feminino é comunhão, é se fortalecer junto as outras fêmeas! Ao sagrado que é ser mulher nas diferentes manifestações e facetas!

Sou fiel ao trabalho corporal, aos encontros de mulheres e gestantes, a conexão de cada mulher consigo própria!

Espero de coração conseguir ter passado a minha intenção com este texto!
Namastê!

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 Thaíse Titon